Era pra ser simples.
Alguém começa a falar algo pessoal, importante, a se abrir, a contar a
sua história, nós devíamos, automaticamente, parar e ouvir.
Só isso.
Parar e escutar e acolher.
Parar – num mundo onde estamos todos ocupados, não temos tempo para
parar e oferecer ao outro aquilo que temos de mais precioso, nossa
atenção.
Escutar – é mais que ouvir. É colocar o corpo todo, não só os ouvidos, em estado de atenção a quem e ao que se está ouvindo.
Acolher – é deixar aquilo que está sendo compartilhado entrar pelos
ouvidos, percorrer o caminho da alma, até chegar em paz ao coração. É o
passo mais difícil. É difícil porque sempre achamos que temos algo a
dizer, que já sofremos aquilo, que sabemos o que o outro está sentindo,
porque adoramos oferecer receitas simplistas para questões complexas.
Nossa dificuldade de lidar com a intimidade, nos impele a relações cada vez mais superficiais e funcionais.
O remédio ainda é a boa e velha, como diz Rubem Alves, escutatória.
Tão simples…
Via Fabrício Cunha
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
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