Hoje é o Dia dos Músicos, já falei disso antes aqui no Blog, da importancia da música em minha vida e caminhada com Cristo. É uma data que pouco é lembrada. Aliás, os músicos são pouco lembrados... Achei este texto no site Cristianismo Criativo, é de alguns anos atrás, mas nele o pr Gerson Borges fala de alguns músicos que influenciaram sua vida. Esta é minha forma de mais uma vez deixar aqui minha homenagem aos músicos.
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Meus amigos preciosos,
Acordei pensando na vida . E na morte. Abri os olhos considerando o quanto tudo é efêmero e vão, o quanto certas coisas não valem a pena: ressentimento, mágoa, disse-me-disse, ganhar e gastar dinheiro, carro novo, casa maior, cargo melhor, fama, prestígio, nome...tudo vaidade, tudo fumaça, tudo um-grande-nada!
Acabei de receber um email do Jorge Camargo, amigo do meu coração, me dizendo que a ficha ainda não caiu: "Perdemos o Rehder ! "
Sim, queridos, perdemos o Rehder. Depois de perdermos o Jairinho e o Janires (acidentes automobilísticos) e Pimenta (câncer). Esses três gênios que, cada um a seu modo e visão, talento e vocação, MUDARAM O CULTO E A MÚSICA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA.
Jairinho, com o Paulo César da Silva, formou o Grupo Elo (pai do Logos, em 81,82...) e nos ensinou outro modo de fazer e cantar hinos, eu diria. Lembro do imenso impacto, em 1980, que o LP "Ouvi dizer" causou no meu coração de menino de 11 anos, aprendendo a tocar violão no Rio de Janeiro. A primeira apresentação do Logos no Rio, na PIB de Niterói, me tocou fundo a alma e o sonho. Janires? Esse me ensinou a compor com a mente e coração abertos, ollhando pelas janelas da vida, da cultura, sem amarras. Foi Jurado de um festival que participel em 1985, aos 15 anos e me incentivou "a continuar a fazer uma música que quase ninguém quer fazer." Ouvi o Rebanhão em fita k7 artesanal, fazíamos passeatas evangelísticas no Centro do Rio, coisa doida de boa, que tempo!
Pimenta? O que dizer desse homem de Deus, esse gênio do simples-profundo, das melodias inesquecíveis, da poesia rebuscada mas acessível, bíblica, inspirada? Esse dividiu em antes e depois de si nosso canto. Sabem, o primeiro LP que comprei na vida, aos 12,13 anos de idade, foi "De vento em popa". Ali conheci oPimenta, seu talento. Aliás, o Pimenta, o Guilherme, o Bomilcar, o tega... gente que Deus chamou pra formar toda uma geração de novos compositores, músicos e ministros de louvor (numa época que ninguém usava esse termo). A perda do Pimenta ainda foi mais traumática: 37 anos de idade! Os três nem chegaram aos 50, mas o Sérgio foi cedo demais!
O Rehder conheci em "Eram Doze "e nas muitas parcerias com o Gui. Versátil, leve, lírico, meio Boca Livre, Meio Ivan Lins, meio MPB, meio Hino, mas muito pessoal, muito variado, muito muita coisa. Depois o conheci e pasmei, ao ouvir dele: "Suas canções em ' Povo de Deus, povo missionario ' tem me abençoado demais. Posso cantá-las no Raízes? "Deus me faz cada uma! Aliás, acabei me tornando amigo da familia do Pimenta e, depois, do Rehder aqui em São Paulo, pouca, mas respeitosa, amorosa e cordial convivência, sobretudo em eventos, como a gravação do meu musical "A volta do Filho Pródigo", o LOUVALE, quando viajamos juntos para SJ dos Campos lançar a cantata (última) que ele escreveu com o Guilherme Kerr, "Consola meu povo ", na qual cantei. honrado, uma canção ("Deus de justiça ") e o Sarau da Comuna,RJ, em mio desse ano, quando o vi pela última vez ministrar. Ele chorou muito, já quebrantado pela realidade da sua enfermidade, ao ouvir minha canção "A chave é a oração", na qual digo "Eu vi o coração de Deus/Era uma chaga aberta... inguém sofre igual a Deus/De saudade, amor eterno ... ".
É, uma chaga aberta a perda do Jairinho, do Janires, do Pimenta e, ainda não acredito direito, a perda do Rehder.
Escrevo essa meditação como um lamento. Escrevo para afirmar a mim mesmo: o que é a vida? " A vida passa depressa e nós voamos". (Salmo 90.10 )
Sim, a vida voa. Isso não é clichê, é fato.
Desisto de um monte de coisas. Desisto de desperdiçar meu caríssimo tempo com coisas inúteis, repito: ressentimento, mágoa, disse-me-disse, ganhar e gastar dinheiro, carro novo, casa maior, cargo melhor, fama, prestígio, nome...tudo vaidade, tudo fumaça, tudo um-grande-nada! Quero amar e ser amado, enquanto tiver o privilegio do amor. Quero abraçar e beijar meus filhos e minha mulher, comer com meus amigos , dando boas risadas. Cantar, pregar, compor, aconselhar, servir, viver, enfim, como pastor e músico a partir da verdade que há no meu coração de 40 anos. O lixo? Eu vou jogar no lixo.
Como disse meu querido Ariovaldo Ramos uma vez ( e fiz dessa frase um lema, agora revigorado e fortalecido ), "Quero lutar não pelo que dará certo, mas pelo que vale a pena. Pior que o idealismo da juventude é o cinismo da velhice. "
É por isso que não quero perder tempo. A vida é agora. O dia, disse Jesus, é hoje. Com licença, vou viver.
Seu, de verdade.
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Meus amigos preciosos,
Acordei pensando na vida . E na morte. Abri os olhos considerando o quanto tudo é efêmero e vão, o quanto certas coisas não valem a pena: ressentimento, mágoa, disse-me-disse, ganhar e gastar dinheiro, carro novo, casa maior, cargo melhor, fama, prestígio, nome...tudo vaidade, tudo fumaça, tudo um-grande-nada!
Acabei de receber um email do Jorge Camargo, amigo do meu coração, me dizendo que a ficha ainda não caiu: "Perdemos o Rehder ! "
Sim, queridos, perdemos o Rehder. Depois de perdermos o Jairinho e o Janires (acidentes automobilísticos) e Pimenta (câncer). Esses três gênios que, cada um a seu modo e visão, talento e vocação, MUDARAM O CULTO E A MÚSICA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA.
Jairinho, com o Paulo César da Silva, formou o Grupo Elo (pai do Logos, em 81,82...) e nos ensinou outro modo de fazer e cantar hinos, eu diria. Lembro do imenso impacto, em 1980, que o LP "Ouvi dizer" causou no meu coração de menino de 11 anos, aprendendo a tocar violão no Rio de Janeiro. A primeira apresentação do Logos no Rio, na PIB de Niterói, me tocou fundo a alma e o sonho. Janires? Esse me ensinou a compor com a mente e coração abertos, ollhando pelas janelas da vida, da cultura, sem amarras. Foi Jurado de um festival que participel em 1985, aos 15 anos e me incentivou "a continuar a fazer uma música que quase ninguém quer fazer." Ouvi o Rebanhão em fita k7 artesanal, fazíamos passeatas evangelísticas no Centro do Rio, coisa doida de boa, que tempo!
Pimenta? O que dizer desse homem de Deus, esse gênio do simples-profundo, das melodias inesquecíveis, da poesia rebuscada mas acessível, bíblica, inspirada? Esse dividiu em antes e depois de si nosso canto. Sabem, o primeiro LP que comprei na vida, aos 12,13 anos de idade, foi "De vento em popa". Ali conheci oPimenta, seu talento. Aliás, o Pimenta, o Guilherme, o Bomilcar, o tega... gente que Deus chamou pra formar toda uma geração de novos compositores, músicos e ministros de louvor (numa época que ninguém usava esse termo). A perda do Pimenta ainda foi mais traumática: 37 anos de idade! Os três nem chegaram aos 50, mas o Sérgio foi cedo demais!
O Rehder conheci em "Eram Doze "e nas muitas parcerias com o Gui. Versátil, leve, lírico, meio Boca Livre, Meio Ivan Lins, meio MPB, meio Hino, mas muito pessoal, muito variado, muito muita coisa. Depois o conheci e pasmei, ao ouvir dele: "Suas canções em ' Povo de Deus, povo missionario ' tem me abençoado demais. Posso cantá-las no Raízes? "Deus me faz cada uma! Aliás, acabei me tornando amigo da familia do Pimenta e, depois, do Rehder aqui em São Paulo, pouca, mas respeitosa, amorosa e cordial convivência, sobretudo em eventos, como a gravação do meu musical "A volta do Filho Pródigo", o LOUVALE, quando viajamos juntos para SJ dos Campos lançar a cantata (última) que ele escreveu com o Guilherme Kerr, "Consola meu povo ", na qual cantei. honrado, uma canção ("Deus de justiça ") e o Sarau da Comuna,RJ, em mio desse ano, quando o vi pela última vez ministrar. Ele chorou muito, já quebrantado pela realidade da sua enfermidade, ao ouvir minha canção "A chave é a oração", na qual digo "Eu vi o coração de Deus/Era uma chaga aberta... inguém sofre igual a Deus/De saudade, amor eterno ... ".
É, uma chaga aberta a perda do Jairinho, do Janires, do Pimenta e, ainda não acredito direito, a perda do Rehder.
Escrevo essa meditação como um lamento. Escrevo para afirmar a mim mesmo: o que é a vida? " A vida passa depressa e nós voamos". (Salmo 90.10 )
Sim, a vida voa. Isso não é clichê, é fato.
Desisto de um monte de coisas. Desisto de desperdiçar meu caríssimo tempo com coisas inúteis, repito: ressentimento, mágoa, disse-me-disse, ganhar e gastar dinheiro, carro novo, casa maior, cargo melhor, fama, prestígio, nome...tudo vaidade, tudo fumaça, tudo um-grande-nada! Quero amar e ser amado, enquanto tiver o privilegio do amor. Quero abraçar e beijar meus filhos e minha mulher, comer com meus amigos , dando boas risadas. Cantar, pregar, compor, aconselhar, servir, viver, enfim, como pastor e músico a partir da verdade que há no meu coração de 40 anos. O lixo? Eu vou jogar no lixo.
Como disse meu querido Ariovaldo Ramos uma vez ( e fiz dessa frase um lema, agora revigorado e fortalecido ), "Quero lutar não pelo que dará certo, mas pelo que vale a pena. Pior que o idealismo da juventude é o cinismo da velhice. "
É por isso que não quero perder tempo. A vida é agora. O dia, disse Jesus, é hoje. Com licença, vou viver.
Seu, de verdade.
Gerson Borges