Ontem foi um dia daqueles, acho que nada diferente daquilo que, rotineiramente, muitos pais passam. Ao sair do médico com Isabelle que se comportou como uma mocinha, Carla a recomprensou com um almoço em seu restaurante favorito, não sei se pela comida ou se pelos brinquedos onde se empulera, corre e radicaliza... e foi ali numa destas manobras radicais ela caiu e quebrou seu bracinho... Dor!!
Carla já vinha me buscar no trabalho e quando saio encontro mãe e filha chorando, e corremos para o hospital... Depois da sina revoltante dos hospitais particulares de Resende, optamos corremos para o público que deu de 10 em atendimento, presteza e Isabelle teve seu bracinho direito imobilizado.
Enquanto Isabelle era atendida e Carla a acompanhava. Eu fiquei do lado de fora com a avó de Isabelle... e meu coração imaginava a dor de que os pais inevitavelmente passam. Fazemos de tudo por nossos filhos, tomamos todos os cuidados possíveis, cercamos, protegemos, superprotegemos e até brigamos e disciplinamos, tudo em nome do bem estar. Mas, somos limitados e quem disse que podemos controlar a vida? Então aí vão os pais... noites em claro em vigília na beira da cama (como uma mãe que vi ontem no hospital), correndo pra o médico ou simplesmente soprando o "dodóí pra sarar". Mas vida de pai é dor!
Ouvimos a vida inteira que pai sofre, mas só com a paternidade a gente entende o que é sofrer por amor...
Isabelle está bem, com o bracinho imobilizado, mas eu trocaria meu lugar pelo dela, meu velho braço pelo seu, eu ficaria imóvel para que ela corresse pela casa, mas as lágrimas... ah essas nós já dividimos e também a dor, ao menos a do coração.
Como diria Gerson Borges: Meu coração é de pai, meu coração não é pedra, é carne é dor...